Vidas Secas

Vidas Secas

Em meio à paisagem do sertão nordestino, quatro pessoas e uma cachorrinha se arrastam numa peregrinação silenciosa. O menino mais velho já cansado da caminhada e deita no chão, o que irrita seu pai Fabiano. Tornando a viagem mais demorada.

A cadela baleia, acompanhando seus donos, mas sem a companhia do outro animal da família, um papagaio, que fora sacrificado a fim de matar a fome da família.

Caminhando por caminhos incertos, Fabiano e sua família encontraram uma fazenda completamente abandonada. Surge a intenção de ficar por ali.

A caça inesperada é preparada, o que garante um momento de felicidade a sua família. No céu já escuro, uma nuvem, sempre um sinal de esperança. Fabiano deseja estabelecer-se naquela fazenda. Será o dono dela. A vida melhorará para toda sua família.

Pensa na situação da família, errante, passando fome, quando chegaram a essa fazenda. Estavam bem agora. Fabiano se orgulha em ter vencido as dificuldades. Agora era um vaqueiro, apesar de não ter um lugar próprio para morar. A fazenda era aparentemente abandonada, tinha um dono, que logo aparecera e reclamara a posso do local. A solução foi ficar por ali mesmo, servindo o patrão, tomando conta do lugar. Na verdade, era uma situação triste típica de quem não tem nada e vive errante. Sentiu-se novamente animal, agora com uma conotação negativa. Pouco falava, admirava e tentava imitir a fala difícil das pessoas da cidade.

Fabiano pensou na brutalidade do patrão, a tratá-lo como um traste. Pensou em Sinhá Vitória e seu desejo de construir uma cama igual à Seu…