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Universalismo Moral e Relativismo Ético
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Kohlberg mantém a defesa da ênfase na noção de justiça para a análise dos julgamentos morais, justificando sua posição com três observações:
A moralidade como justiça é a que melhor traduz nossa concepção da moralidade como universal. Ela restringe a moralidade a um núcleo central mínimo, trabalhando por uma concordância universal diante de concepções mais relativistas do bom. Outra razão para enfocar a justiça é nosso interesse por uma abordagem cognitiva ou ‘racional’ da moralidade. Isto em parte é verdade no sentido em que a justiça pede razões ‘objetivas’ e racionais e justificações para a escolha, em vez de se satisfazer com compromissos subjetivos, ‘decisionísticos’, pessoais (...). Possivelmente a razão mais importante para enfocar a justiça é que ela é a característica mais estrutural do julgamento moral. Para Piaget, bem como para nós, a justiça é a estrutura da interação interpessoal. As ‘operações’ da justiça de reciprocidade e igualdade na interação equiparam-se às operações lógicas ou relações de igualdade e reciprocidade na esfera cognitiva não moral (idem, p.93).
E, como que respondendo em parte aos riscos apontados por Habermas, Kohlberg assume as conseqüências para a validade de sua teoria, decorrentes desta opção: "parece que ao enquadrarmos a esfera moral em termos de justiça maximizamos a possibilidade de…
A moralidade como justiça é a que melhor traduz nossa concepção da moralidade como universal. Ela restringe a moralidade a um núcleo central mínimo, trabalhando por uma concordância universal diante de concepções mais relativistas do bom. Outra razão para enfocar a justiça é nosso interesse por uma abordagem cognitiva ou ‘racional’ da moralidade. Isto em parte é verdade no sentido em que a justiça pede razões ‘objetivas’ e racionais e justificações para a escolha, em vez de se satisfazer com compromissos subjetivos, ‘decisionísticos’, pessoais (...). Possivelmente a razão mais importante para enfocar a justiça é que ela é a característica mais estrutural do julgamento moral. Para Piaget, bem como para nós, a justiça é a estrutura da interação interpessoal. As ‘operações’ da justiça de reciprocidade e igualdade na interação equiparam-se às operações lógicas ou relações de igualdade e reciprocidade na esfera cognitiva não moral (idem, p.93).
E, como que respondendo em parte aos riscos apontados por Habermas, Kohlberg assume as conseqüências para a validade de sua teoria, decorrentes desta opção: "parece que ao enquadrarmos a esfera moral em termos de justiça maximizamos a possibilidade de…
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