Mudanças Organizacionais: da Polícia tradicional à Polícia Comunitária

Mudanças Organizacionais: da Polícia Tradicional à Polícia Comunitária

No contexto atual das sociedades democráticas têm sido freqüentes as pressões sobre as organizações policiais para que alterem sua estrutura convencional, fortemente burocratizada. As razões para esse tipo de demanda costumam apoiar-se em uma dupla justificativa. Por um lado, na desconfiança sobre sua eficácia no combate à criminalidade; de acordo com esta crítica, o modelo tradicional de polícia não tem se mostrado capaz de alcançar a complexidade dos problemas diante dos quais se encontra. Por outro lado, na crescente perda de legitimidade do poder autoritário destas organizações frente às demandas de expansão do sistema democrático representativo para todas as esferas institucionais, nas sociedades contemporâneas.

No entanto, diante das exigências da sociedade por mudanças nos bens produzidos pelas organizações, ocorre que o modelo burocrático não se adequa a todo tipo de trabalho. O ritmo de tais mudanças pode ser rápido, fazendo com que o modelo burocrático não seja eficiente, dando assim aplicação visível ao modelo não burocrático, que caracteriza pela posse dos serviços burocráticos, pela administração de linha e a desvalorização de ordens e regulamentos referentes às funções não produtivas.

Contudo, Perrow (1972, p. 83) destaca que "[...] as medidas tomadas no sentido de fazer frente ao problema da adaptação e mudanças também podem ser transformadas em rotina. No processo de controle das influências externas, a…