AIDS

Paralelamente surgiram repetidos relatos de casos envolvendo pessoas heterossexuais, principalmente haitianos, que viviam no Flórida e em Nova York, sofrendo de inexplicável estado de falência imunológica. Este fenômeno foi rapidamente explicado pelos médicos com a justificativa de que: no caso das mulheres, a contaminação ocorria não através de relações sexuais mas... pelo consumo de drogas injetáveis, e que os homens vitimados eram, na verdade, homo ou bissexuais que se apresentavam como héteros na tentativa de esconder sua verdadeira sexualidade, e fugir do preconceito contra o homossexualismo, muito acentuado nas comunidades haitianas. Interpretações como estas, inexplicavelmente, perduraram por muito tempo. Para a classe médica a AIDS estaria, ou "deveria estar", segregada aos chamados "grupos de risco" ou "For-H" (os quatro H): Homosexuals (homossexuais), Hemophiliacs (hemofílicos), Haitians (haitianos) e Heron-additis (viciados em heroína).

Não demorou muito para a notícia sair dos periódicos médicos, chegar às manchetes dos jornais e aos noticiários das redes de televisão. Porém, mesmo conscientes da extrema gravidade da epidemia emergente, a comunidade médica americana a via com desprezo, se referindo a ela como: "Estranha epidemia…