Independência do Brasil

Não obstante vitorioso em terra, sofrera, no mar, um duro golpe, quando grande parte da esquadra francesa fora destruída pelos ingleses em Trafalgar, na célebre batalha que glorificara o Almirante Nelson. Com isto ele mudara, os seus planos de invasão da Inglaterra, substituindo-a pelo bloqueio continental. A esse tempo governava Portugal o Príncipe Regente Dom João, filho e herdeiro de Dona Maria I, impedida de governar desde 1792, por motivos de saúde.

Decretado o bloqueio, exigiu o representante francês que Dom João não só mandasse fechar os seus portos aos navios da Inglaterra, como ainda confiscasse os bens e ordenasse a prisão dos súbitos ingleses residente em Portugal. Disposto a manter a neutralidade de Portugal, iniciou Dom João um jogo diplomático, mandou publicar os decretos que ordenava o fechamento dos portos do reino aos navios ingleses e o comércio com a Inglaterra e determinou a prisão dos súbitos ingleses e os seqüestro dos seus bens, mandou dizer aos ingleses que fingissem declarar-lhe guerra, pois na verdade não pretendia mandar cumprir os referidos decretos. A Inglaterra e a França recusaram as propostas de Dom João; impaciente com as evasivas portuguesas, Napoleão declarou deposta a Dinastia de Bragança, ordenando a invasão e divisão do reino de Portugal em três partes, ficando o Brasil e as colônias lusitanas para serem depois partilhadas entre a França e a Espanha conforme se determinou no tratado de Fontainebleau, celebrado entre estes dois países. Nas indecisões do momento, certo de que Napoleão não concordaria com as suas meias medidas, pensava também Dom…