Globalização

Globalização não é um conceito sério. Nós, americanos, o inventamos para dissimular a nossa política de entrada econômica nos outros países. ( 2 )

O pesquisador é, também, um ideólogo. A sua produção traz subjacente uma visão de mundo inseparável de todas suas inflexões teóricas e práticas. A sua percepção de qualquer aspecto da realidade social, ainda que inconscientemente, é filtrada por uma visão que, intuitivamente, seleciona e confere atributos. ( 3 )

As teorias econômicas, a partir do século XIX, disputaram a primazia como guias condutores da sociedade. Oscilando entre formulações que lhes permitiam desvelar os nexos de relações de produção desiguais e as infinitas tentativas de ocultá-las sob o manto ideológico, a prática econômica e as reflexões a elas referenciadas, em diferentes contextos históricos, elegeram seus móveis de interesses e seus objetivos preferenciais de análise. A relevância conferida a eles indicava, não apenas uma preferência subjetiva, mas, isto sim, uma inclinação, muitas das vezes, voltada a fundamentar e a legitimar, cientificamente, um processo social, objeto de sua investigação. A escolha desses objetos não é fortuita. As ambigüidades do pensamento econômico, também, não são. A seleção de um objeto de análise indica uma inclinação prévia, aduz a um possível viés, que dará forma a teoria. Essa opção, favorece a abordagem. Motiva a pesquisa…