Economia no Nordeste

ATUAL CONTEXTO DA INDUSTRIALIZAÇÃO NORDESTINA: Nem mesmo a freada na economia brasileira no ano passado impediu o Nordeste de prosseguir crescendo mais rápido que o restante do país. Enquanto o PIB nacional avançou minguado 1%, o produto interno nordestino cresceu 3% em relação a 1998. O Nordeste possui o terceiro parque industrial do Brasil e só perde para o Sudeste e o Sul em consumo, frota de veículos e número de estradas asfaltadas. Mas continua a ser um ambiente de contrastes. Entre as cinco regiões brasileiras, é a que exibe as piores taxas de alfabetização, tempo médio de permanência na escola, pobreza, acesso a serviços públicos e expectativa de vida. Mas o susto da desaceleração do PIB – que na região já beirou os 10% de crescimento em anos anteriores – teve seu lado positivo.

A fim de ajustar a economia às novas condições do mercado, governos e empreendedores estão mexendo em estratégias de desenvolvimento que há algum tempo vinham dando sinais de esgotamento, quando não, contribuindo para eternizar o paradoxo do crescimento econômico com miséria social. A palavra de ordem agora é cluster, que pode ser traduzida como aglomerado de empresas. Os governos da Bahia, de Pernambuco e do Ceará já estão deixando de lado a política de atrair tudo a qualquer custo e partindo para a proposta de consolidar pólos especializados. Esperam, com isso, reduzir o desequilíbrio entre as capitais – onde é gerado cerca de 70% do PIB regional – e o interior, ainda um bolsão de pobreza dependente da agropecuária ineficiente. "O objetivo é…