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A BELLE – ÉPOQUE: MODERNIZAÇÃO X AVERSÃO
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Os costumes populares estavam fincados dentro da cidade, logo, com a chegada dos investimentos que espelhariam Belém a uma das cidades da Europa, sofreram um grande abalo.
Para tentar viabilizar a visão que o povo traçaria da sua imagem como “o grande político” que tirou a “tranqüilidade” que o “povo” vivia no centro da cidade, Antonio José de Lemos lançava mão das festas carnavalescas para atrair o “povo”, mas as festas deveriam ter o traço dos carnavais europeus como afirma Maria de Nazaré Sarges:
“O carnaval deveria ser uma festa ‘ordeira e civilizada’; os ruídos, as gargalhadas e as desordens deveriam desaparecer e dar lugar a uma versão européia de alegria carnavalesca, como se fosse um Carnaval de Nice. O modelo de festa só comportava elegância e distinção, como supostamente sabiam saber os povos civilizados”.
Contudo a oposição ferrenha do jornal a Folha do Norte, corria por traz e denunciava os gastos públicos excessivos com essas organizações festivas por parte da intendência. As classes populares integravam cada vez mais as festas carnavalescas, apesar da tentativa de controle municipal de manter uma festa “civilizada”.
O ano de 1912 foi marcado pelo acirramento da crise política entre os lauristas e…
Para tentar viabilizar a visão que o povo traçaria da sua imagem como “o grande político” que tirou a “tranqüilidade” que o “povo” vivia no centro da cidade, Antonio José de Lemos lançava mão das festas carnavalescas para atrair o “povo”, mas as festas deveriam ter o traço dos carnavais europeus como afirma Maria de Nazaré Sarges:
“O carnaval deveria ser uma festa ‘ordeira e civilizada’; os ruídos, as gargalhadas e as desordens deveriam desaparecer e dar lugar a uma versão européia de alegria carnavalesca, como se fosse um Carnaval de Nice. O modelo de festa só comportava elegância e distinção, como supostamente sabiam saber os povos civilizados”.
Contudo a oposição ferrenha do jornal a Folha do Norte, corria por traz e denunciava os gastos públicos excessivos com essas organizações festivas por parte da intendência. As classes populares integravam cada vez mais as festas carnavalescas, apesar da tentativa de controle municipal de manter uma festa “civilizada”.
O ano de 1912 foi marcado pelo acirramento da crise política entre os lauristas e…
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