Escola e Família: Uma Relação Necessária. Mais que um Desafio

Percebemos que as pessoas não davam atenção à peculiaridade infantil de traços físicos ou comportamentais, não se tinha essa noção. Até o fim século XIII, as crianças eram representadas por homens em miniaturas, as expressões de seus rostos eram de adultos. Isso pode significar também que a imagem da infância não tinha interesse para as pessoas e que para elas essa imagem não era real, porque a infância era um período de transição que seria logo ultrapassado, vejamos:

A passagem da criança pela família e pela sociedade era muito breve e muito insignificante para que tivesse tempo ou razão de forçar a memória e tocar a sensibilidade. (...) se ela morresse então, como muitas vezes aconteciam alguns podiam ficar desolados, mais a regra geral era não fazer muito caso, pois uma outra criança logo substituiria.

Esse sentimento de desinteresse pela infância que remonta inclusive a períodos anteriores da história, o ato de abandonar bebês, por exemplo, era um fenômeno presente nas grandes civilizações da Antigüidade.

Na tradição judaica existem dois exemplos de abandono de bebês: o primeiro é o de Ismael, filho de Abraão e de sua escrava Agar. O segundo é o caso de Moisés, abandonado num cestinho à beira do rio Nilo.

Na mitologia grega também há registros do…