Pequenos e Médios Estados

Comentário ao artigo do Dr. Adriano Moreira, “Pequenos e Grandes Estados” (bosquejo histórico)

UNL- FCSH
2007

 

 

 

Portugal nunca se excluiu da Europa, nem como Reino nem como República. A expansão ultramarina foi pioneira e é considerada por alguns pensadores como o início da globalização. A par com a Espanha tornou-se um membro da Europa por localização geográfica e do mundo por conquista, onde investiu recursos humanos e financeiros de um povo, que desde cedo se habituou a utilizar pulso de ferro e excelente diplomacia na concretização das sua convicções.

O império português ficou condicionado através da Conferência de Berlim em 1885 ao equilíbrio da balança europeia, baseada no direito internacional euromundista. A China não alcançara ainda posição estratégica internacional, que lhe permitisse argumentar junto dos interesses europeus.

O posicionamento estratégico português passava pelo equilíbrio seguro dos poderes europeus. Norton de Matos entendeu que a presença portuguesa na mesa de paz, após a primeira Guerra Mundial, evitaria a redistribuição dos territórios ultramarinos entre vencedores e vencidos. A neutralidade do governo no segundo conflito mundial amputou estrategicamente o Estado Nação da capacidade negocial junto dos intervenientes na…