Encenadores Curitibanos Contemporâneos

Devido a grande diversidade e qualidade de nossos encenadores poderíamos dizer que somos privilegiados em termos de talento. Temos seguidores de várias linhas e vertentes o que torna nosso teatro um leque de opções estéticas interessantes.

Reunindo as diversas opiniões teríamos matéria para um compêndio de analise. Segundo Mengarelli há espaço para todos. Difícil discordar. Se vivemos numa democracia temos o direito do diferente e de aceitá-lo ou não. O importante aqui é ter a opção. Para Marchioro um divã cairia bem a todos os homens e mulheres de teatro. Afinal, o baixo nível cultural, a superficialidade e a perda da sensibilidade é comum em uma geração "Coca Light", filhos da geração "Coca-Cola", a que se criou durante a ditadura militar. Nossos pais, contemporâneos do que na época se colocava como "revolução", não percebeu que sua vida e mentalidade foi programada para o sofá da sala recado a televisão. Visto a copa 70 onde todos os problemas foram amenizados enquanto o povo de cultura era estrangulado pela censura e o AI-5. Comunistas "comiam" criancinhas e os americanos eram os bonzinhos, os mocinhos. As novelas entretiam. O futebol transformava-se no ópio. Ter um carro era ter um castelo, onde o motorista era o rei e o asfalto era o reino. A educação e a cultura perdiam força. Na televisão a campanha do "Mexa-se" pedia para que o povo brasileiro praticasse mais esporte. "Cabeça vazia é morada do Diabo", mas corpo ocupado era mente ociosa. Ler, refletir, olhar criticamente tornou-se para nossos pais uma atitude monótona.…