Universo Conceitual das Ciências Política

As moedas nacionais só deixarão de existir de fato em julho de 2002, quando serão substituídas pelas notas e moedas do euro. Até janeiro de 2002, o euro sequer existirá fisicamente, funcionará como uma moeda de conta, usada em transações eletrônicas, no valor de face de títulos e ações e no balanço anual de empresas e de países. As lojas, se quiserem, poderão também marcar os preços na moeda local e em euro, numa situação semelhante ao início do plano Real, quando a URV (Unidade Real de Valor) convivia com o cruzeiro, nas etiquetas dos supermercados.

A perda da soberania individual, ao contrário do fim paulatino da moeda nacional, é imediata. Os Estados-Nação deixam de ter controle sob variáveis de política econômica que são normalmente manipuladas para estabelecer taxa de câmbio, taxa de juros, nível de inflação e gasto público. Suas políticas monetárias, mesmo os níveis de gastos (políticas fiscais), estarão subordinados às diretrizes estabelecidas pelo Banco Central Europeu (BCE).

Para o cidadão comum e turistas a mais significativa mudança, anunciada no dia 31 de dezembro, é a fxação do câmbio -- o valor de troca entre as moedas da UME está congelado, assim como o valor da moeda em relação ao euro. Com isso, quem quiser fazer trocas entre as moedas dos 11 países saberá o valor do câmbio de antemão. A medida também tem impacto sobre o volume de comércio entre os membros da UME. Na prática, o congelamento elimina o risco cambial, pois acaba com as flutuações de cotação e, em tese, diminui a possibilidade de especulações contra o…