O Papel do Sindicato das Empregadas Domésticas para o Fortalecimento da Categoria

O grande o número de trabalhadoras que residem no emprego é devido a grande exigência desta, no mercado de trabalho do município de Aracaju onde, muitas trabalhadoras acabam ingressando no emprego para não ficarem desempregada.

A inexistência de uma Lei que regulamente de forma efetiva os direitos trabalhistas, entre eles, jornada de trabalho definida, direito ao feriado, FGTS - Fundo de garantia por tempo de serviço e seguro desemprego (este até então opcional) e as relações de trabalho da profissional doméstica, aliado com o estigma histórico da profissão enraizado na sociedade, faz culminar em tipos de relações de trabalho que resultam em alta exploração do trabalhador, assédios sexuais e maus tratos por parte do empregador.

Perante esta realidade, a empregada doméstica mostra-se de maneira geral desmotivada quanto à formação profissional e muitas vezes quanto à própria situação social. O município de Aracaju não foge a esta realidade. Além da baixa escolarização já existente entre as profissionais, culmina baixa estima, descrédito pela profissão, com isso a falta de qualificação e interesse para o serviço, resultando na grande rotatividade nos empregos onde atuam.

Outra problemática é a dificuldade de inserção no mercado de trabalho, este tendo duas características fundamentais: Em primeiro lugar a exclusão social e a falta de emprego agravada pelo neoliberalismo, onde a antiga classe media, hoje empobrecida, se vê obrigada a dispensar empregadas domésticas para diminuir gastos.