O Capital de Karl Marx

A troca de mercadorias é acompanhada pelas modificações seguintes em sua forma:

Mercadoria ( C ) _Moeda ( M ) _ Mercadoria ( C )

O resultado último do processo é a troca de uma mercadoria por outra, a circulação de trabalho social materializado. O primeiro estágio, a venda C-M, constitui o "salto mortal" da mercadoria. Em virtude da divisão social do trabalho, cada produtor, contando com a disponibilidade de apenas uma categoria de trabalho, se defronta com necessidades múltiplas, servindo conseqüentemente o seu produto apenas com valor de troca. Para realizar-se como equivalente geral, tal produto deve ser convertido em moeda, o que requer seja ele valor de uso para o possuidor de moeda e, portanto, seja o fruto de u trabalho socialmente útil. Mais ainda: para que tudo corra satisfatoriamente, deve ser possível não só a venda, como sua efetivação a preço adequado; e a observância de ambas essas condições depende de uma série de elementos de comportamento variável e dificilmente previsível, tais como as preferências dos consumidores, a capacidade de absorção do produto pelo mercado, a atividade dos competidores e a evolução da técnica. Suporemos, no momento, que tudo ocorra de forma normal.

A transação C-M pode ser vista de dois ângulos: para quem cede a mercadoria, é uma venda: e para quem a recebe, é uma compra. O dinheiro usado pelo comprador provém em geral da venda de outra mercadoria, salvo no caso excepcional de tratar-se de produtor de ouro.

Por outro lado, a segunda metamorfose, M-C1, representa, para o vendedor, a primeira metamorfose ( C1-M ) da mercadoria de que ele dispõe. Ao movimento completo de dada mercadoria…