O Capital de Karl Marx

Os produtos do trabalho adquirem caráter enigmático ao se transformarem em mercadoria: a relação social entre produtores especializados, compreendendo o reconhecimento da identidade essencial das diferentes espécies de trabalho e a medida desde pelo tempo despendido, assume a forma fanática de uma relação entre as coisas. Tem-se assim o "fetichismo da mercadoria". Sua origem se prende ao fato dos produtores atuarem independentemente, não entrando em contato senão por ocasião da troca de seus produtos. Só então, através, das relações entre os produtores individuais visto como parte do trabalho da sociedade.

Com o predomínio da produção para a troca, produção de mercadorias, o trabalho do produtor individual deve ter socialmente um duplo caráter: deve ser socialmente útil e poder ser posto em pé de igualdade com o trabalho dos demais produtores, através da abstração das diferenças entre os trabalhos individuais, reduzindo a trabalho humano abstrato. Desse duplo caráter, o produtor toma conhecimento nas trocas, através de duas características de seu produto: a de ser útil a outros e a de ter valor. Todavia, não é por verem em seus produtores o fruto de trabalho humano homogêneo que os produtores os relacionam como valores nas trocas: de trabalho e predomina a idéia de que o valor é atributo das coisas e não relação social.

Somemos com o pleno desenvolvimento da produção de mercadorias se firma…