Evolução do Pensamento Econômico

Essas duas alternativas ontológicas condicionam, por sua vez, teorias do conhecimento compatíveis. Evidentemente, a postura positivista deriva da linha monista, regida pelo princípio de identidade, e que na lógica do processo de conhecimento é sempre dualista, ou dicotômica (racional/irracional, verdadeiro/falso, na linha derivada modernamente do racionalismo cartesiano), mas tem como critério o princípio de identidade. A via positivista pode adotar uma versão idealista, o real são as "idéias" que existem independentemente do mundo material e às quais nossa razão tem acesso através de um adequado processo de conhecimento, caracteristicamente dedutivo, ou realista a verdade universal está presente na multiplicidade material e para conhecê-la devemos utilizar o método indutivo de conhecimento.

Como veremos no desenvolvimento desse trabalho, Keynes não vê a ciência desvinculada da prática e busca no conhecimento um "guia para a ação" porque, numa visão organicista, acredita que sujeito (que conhece) e objeto (o que se quer conhecer) são interdependentes e interagentes.

Keynes ver sua compreensão da Economia como uma Ciência Morai, enquanto ciência voltada para a ação, e do conhecimento específico dos agentes econômicos como ‘incerto’. De fato, seu conceito de ‘crença racional’ é, de nosso ponto de vista, um exemplo magnífico de uma visão dialética, no sentido geral em que a entendemos. E…