ENSAIO SOBRE AS RELAÇÕES ECONÔMICAS INTERNACIONAIS

Toda nação é co-participante da economia mundial. Seja qual for a propensão ao isolacionismo e à auto-suficiência que certos países possam demonstrar, a aspiração de construir uma economia relativamente completa dificilmente poderá concretizar-se em toda a sua plenitude e extensão. As trocas de bens e serviços e de fatores de produção, bem como a intermediação de recursos financeiros, não se processam apenas no interior das economias - elas tendem a se realizar também a nível internacional, devido às muitas vantagens decorrentes da divisão do trabalho e da especialização entre as nações. Para que esta divisão se verifique, nem mesmo há necessidade de que as economias que mantêm relações econômicas e comerciais entre si sejam estritamente complementares. A experiência revela que mesmo os países de estruturas paralelas de produção têm possibilidades de abertura mútua. Os países industrializados, por exemplo, parecem ser, entre si, os melhores parceiros comerciais. Conseqüentemente, as economias fechadas, de

alta introspecção econômica, deixaram há muito de existir. A realidade coloca-nos diante de economias abertas, voltadas para o setor externo e cada vez mais dependentes dos fluxos internacionais de pagamento e das redes internacionais de trocas.

Isoladamente, as nações dificilmente conseguem atingir os mesmos níveis globais de eficiência e crescimento a que têm acesso através de sua co-participação nos fluxos internacionais de trocas; aliás, muitas nações nem mesmo conseguiriam sobreviver se dependessem exclusivamente da sua…