PRINCÍPIO DA PROPORCIONALIDADE E DA RAZOABILIDADE NO TRATAMANETO DA DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA DOS EXCLUÍDOS

José Jorge de Carvalho demonstra sua favorável posição ao sistema de cotas para poder reparar as varias violações feitas pelo homem branco aos indígenas e negros: O texto que lhe oferece, portanto, visa aprofundar a discussão, já não mais para convencer um conselho acadêmico conservador sobre a necessidade de programar ações afirmativas, mas para ampliar a discussão sobre praticas racistas que exigiram esse demanda nacional pala inclusão dos negros e dos índios no ensino superior. Mais ainda ela visa oferecer subsídios para a formação de uma ampla aliança que possa unir, provavelmente pela primeira vez no Brasil, índios, negros e brancos na luta contra a discriminação étnica e racial.

Existem pensamentos contrários ao sistema de cotas, por se entender que deve haver uma desracialização do combate ao racismo, conforme afirma o antropólogo Carlos Alberto Steil: Pode o “racismo à brasileira” ser combatido pela oficialização de identidades raciais? Tal como feitiço usado contra o feiticeiro, pode existir o bom racismo, de nobres finalidades, politicamente correto, reparador de injustiças históricas e provisório em sua aplicação? De modo algum: usar a racialização oficial para combater o racismo é mais ou menos combater um incêndio usando gasolina. É preciso desracializar com urgência o combate ao racismo e à exclusão social, através de políticas igualitárias de inclusão, inspiradas no ideário universalista. Esta é, a meu juízo, a…