O Imaginário dos Juristas

A produção dos juristas é farta, mas em termos de repetição já que visam somente analisar a forma de se interpretar fora as edições comentadas sobre a Constituição por exemplo. Temas que possuem interpretação controvertida também são bem aceitos pelos juristas de plantão que cada editora possui. A maioria são guiados pela sua lógica que é a da lei e a da autoridade. Existindo sempre alguns iluminados que são incansavelmente citados para respaldar os argumento colocados pelo autor do trabalho. Entre os juristas há uma rede de citações recíprocas, um ritual de etiqueta e não um procedimento rigoroso.

Assim se reproduz e se ratifica este imaginário, marcada pelos temas relativos à análise das normas, às melhores soluções para problemas específicos oriundos de novas leis e pelos enormes compêndios de análise de códigos. Não há direito para os juristas, o que existe são leis, assim nossas faculdades não são de direito, são escolas técnicas de leis.

O que fazer diante de um imaginário desses? As modificações que são tentadas nos cursos e currículos tem feito algum resultado apenas em alguns cursos de pós-graduação.

È necessário que reconheçamos, na diversidade, que trabalhamos com paradigmas diferentes que não se encaixam com a visão costumeira dos juristas. É preciso também reconhecer que paradigmas alternativos só podem ser implantados por via de soluções alternativas. O problema é que o isolamento ainda é predominante.