O Imaginário dos Juristas

A perfeição máxima e pura do mundo é o que encontramos no mundo, "o que não está nos autos não está no mundo". Assim notamos o quanto o imaginário dos juristas é fechado e restrito. Os autos constituem um verdade jurídica, independente da realidade do mundo social e real. Desta forma temos um circulo repressivo onde só o Estado pode dar a ordem e as garantias, para alguns eleitos ligados de uma forma ou de outra aos grupos que estão no controle da máquina estatal. Chega-se assim a uma uniformidade que reproduz as grandes e pequenas dominações, provenientes de uma divisão internacional do trabalho e da ideologia burguesa e da eliminação das diferenças (pelo menos teoricamente).

O entendimento dos juristas sobre liberdade é de que minha liberdade termina onde começa a liberdade do outro. Tem-se que reprimir a minha vontade para não me chocar com a vontade dos outros. Sendo assim a medida da vontade esta na vontade dos outros, ou o limite da mesma. Uma ótima conceituação para modo de produção capitalista. Desta forma se deixa de lado e não se reconhece as desigualdades, as vontades fortes e fracas, restringindo ou aumentando o espaço de outras vontades. Assim temos um liberdade que é sinônimo de repressão, opressão e desigualdade. Para os juristas, não há lugar…