O Caso Lafarge

Publicado em 19/11/2003

O CASO LAFARGE


Em 3 de setembro de 1840 começavam os debates de um processo ao qual o mistério do ambiente, a situação social do acusado e a vontade da imprensa conferiam um lugar considerável.

Uma jovem mulher, em luto fechado revelado pelos trajes pretos, sentava-se no banco dos réus. Após o sorteio do júri ela responde às perguntas do presidente, revelando-se ser Marie Capelle, com o sobrenome de casada Lafarge. Tinha apenas vinte e quatro anos e morava no Castelo de Glandier.

No dia 19 de setembro seguinte, o chefe do júri dirigia aos outros a pergunta que todos deveriam responder: se Marie Capelle era culpada de matar o marido ou não. Eles decidiram que sim e, por tal razão, ela teve de se submeter a trabalho forcado perpétuo e à exposição em praça pública na cidade de Tulle.

A pergunta que não se cala é a seguinte: a sra. Lafarge era, de fato, culpada ou estava sendo vítima de um terrível erro do judiciário?

Iniciando a história, é necessário falar que no final de julho de 1839, o sr. Defoy (agente matrimonial) colocaria em contato o sr. Charles Pouch Lafarge e a sra. Marie Cappelle. Ele era viúvo, tinha vinte e oito anos e estava passando dificuldades em seus negócios e precisava de uma companheira, que seria ela, Maria Capelle, que tinha vinte e quatro anos e cerca de 10.000 francos.

Os dois se viram pela primeira vez em uma quarta-feira e no domingo seguinte eles partiriam juntos para Correze.

Nessa viagem eles fizeram três paradas e aconteceram três desilusões para a esposa jovem e romântica do mestre de fundição.

A primeira foi em Orleans, onde…

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