Mulher: Proteção ao Trabalho e a Maternidade

Na segunda metade do século XVIII, conforme escreve Helena Safioti (1999, p. 36) com a Revolução Industrial a absorção do trabalho feminino pelas indústrias, como forma de baratear os salários, inseriu definitivamente a mulher na produção. O impacto causado pela revolução contribuiu no sentido de fazer com que as pessoas enxergassem direitos até então desconhecidos. A mulher foi inserida no mercado de trabalho, mas, foi obrigada a trabalhar em longas jornadas que às vezes chegavam até em 17 horas diárias, situações insalubres, espancamentos e ameaças sexuais constantes, além de receber salários bem menores que os dos homens. Na Inglaterra, em 1819, depois de um conflito com a polícia, foi aprovada uma lei que reduziu para 12 horas a jornada de trabalho de mulheres e crianças. Explica Bongiovani Saffioti que a mulher estava num estágio tão avançado que era impossível segurar sua revolução, pois a mulher além de participar do comércio varejista e ser até donas de navios também "chegaram a deter um monopólio na fiação têxtil inglesa".

Os EUA deixaram de ser colônia inglesa em 1776, com um processo acelerado de industrialização e conseqüentemente surge a primeira greve com manifestações operárias por todo os Estados…