Medo e Confiança de Falar em Público

Falar em público, mesmo para os mais experientes, é sempre um terreno perigoso. Antes de uma apresentação, a maioria das pessoas tem reações físicas intensas que parece bloquear o fluxo do pensamento e da criatividade. É como se o cérebro ficasse preso num círculo de ferro. É a sua imagem que esta em jogo, por isso causa tensões e nervosismo, taquicardia, mãos suadas, dificuldade para respirar, rubor nas faces, palidez, olhos congestionados, tremor nas pernas, falta de ar, zumbido nos ouvidos, garganta seca, fala acelerada. Administrar e aliviar esse estresse físico e emocional exige coragem para vencer os desafios internos.

Ter uma ou outra dessas reações é absolutamente normal para quem não está acostumado a falar em grupos. O treino constante e a prática trarão mais conforto e segurança. Basta vontade e determinação de se arriscar e ter como objetivo constante concentrar as energias na administração racional e saudável dos medos internos e externos. Se todos os sentimentos, confortáveis ou não, habitam o nosso corpo, a nossa mente e a nossa alma.

Se aceito o desafio de falar em público e minhas inseguranças são mobilizadas, preciso fazer uma análise criteriosa para verificar se há fatos que justifique o medo. Se houver, como desconhecimento do assunto ou falta de tempo para planejar, não aceite o convite. Mas se a preparação, a organização e os ensaios apontarem possibilidades de sucesso, por que temer? Para compreender as razões do medo talvez seja preciso abrir gavetas das memórias que não queremos. Correr esse risco pode nos oferecer novas condições de aprendizagem, trazer uma nova cor e uma nova…