Do Estado Liberal ao Estado Social

Publicado em 24/07/2003

Dessa maneira, quando a política (principalmente a política econômica) do Estado Absolutista passou a ser insuficiente para suprir as necessidades burguesas, se tornou inevitável o surgimento de revoltas e protestos com o propósito de mudança. Com este ocorrido, chegou-se ao fim do modelo absolutista e começou a configurar-se um outro paradigma de Estado: o liberalismo.


O Estado Liberal

O Estado liberal foi fruto das revoluções (principalmente a Norte-Americana, em 1776, e a Francesa, em1791), que promoveram a derrocada do Estado Absolutista, época em que, simultaneamente, a Revolução Industrial, tendo como idéia-síntese o surgimento da máquina a vapor, permitiu à classe burguesa acumulação de capitais de modo como até então não fora possível. Este novo modelo de Estado tinha como pilares, fundamentalmente, a liberdade e a propriedade. A burguesia exigia a menor interferência possível do Estado. Este consistia, em suma, numa instituição abstencionista. Os direitos existiam formalmente, e sua concretização dependia unicamente da aquiescência das forças econômicas dominantes. As desigualdades sociais reinavam. Tudo isso surgiu à medida que a burguesia deixou de se beneficiar do arranjo político absolutista, pois passou a se sentir incomodada por não encontrar margem de manobra para exercer o seu poder, o que a motivou a se reorganizar no sentido de buscar um novo arranjo político: o liberalismo. Conforme diz QUINTÃO SOARES(2001:125):

"O liberalismo deve ser compreendido como movimento econômico-político, tendo como base social a classe burguesa, propugnando, na esfera econômica, o princípio…

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