A Santa Sé

Na era Constantina foi reconhecida ao papado a existência jurídica e permitido adquirir bens: é a origem dos patrimônios da Santa Sé que aumentam regularmente com as dádivas dos fiéis, até constituírem um conjunto considerável. Com o enfraquecimento do Império Romano o bispo de Roma passa a exercer responsabilidade cada vez maior. No congresso de Viena em 1815 o Papa restitui à Santa Sé diversos bens, que tomará novamente posse de 18.000 km 2 na Itália central.

Em 1870 marcou-se o fim do poder temporal do papa e em 1871 foi concedido ao Papado o palácio do Vaticano e do Latrão e as vivendas de Castelgandolfo.

O Papa é o chefe do estado e o líder da igreja Católica Apostólica Romana em todo o mundo. Exerce seus poderes temporais por intermédio de uma comissão pontifícia, presidida por um cardeal, e de um governador, chefe da guarda pontifícia, assistido por um conselho central. Para solucionar casos legais ordinários de justiça no território do Vaticano, existe um tribunal de primeira instância. Para casos religiosos, funcionam três tribunais, o secretário de Estado, uma espécie de primeiro-ministro exerce o governo político.

A corte papal rege-se por cerimonial que lembra muito a corte romano-bizantina. O Vaticano tem quatro guardas encarregados da proteção do papa: a guarda nobre, de oficiais de famílias nobre; a guarda suíça, criada por Júlio II e composta exclusivamente por cidadãos suíços; a guarda de honra, formada por cidadãos romanos; e a gendarmeria pontifícia, responsável pela manutenção…