Risco de Crédito nas Instituições Financeiras

"O lucro é da essência da atividade empresarial", diz Aloísio Pontes; "Instituições Financeiras Privadas". A empresa depende dele para sobreviver e para alcançar suas finalidades, que transcendem o campo social em que atua e repercutem na ordem econômica. É o lucro que permite a remuneração adequada dos funcionários, bem como a adoção de medidas relativas ao seu bem estar. Só o lucro abre possibilidades à expansão ao aumento da produtividade da empresa. Eis a razão do interesse em conhecer e analisar os Balanços que ela apresenta. Não caberá julgá-la apenas pelo lucro que apresenta, embora esteja ali o elemento mais importante para que se possa considerá-la saudável. Se a empresa encerra o Balanço com déficit ou com um lucro insignificante, comparado ao seu patrimônio, deve cuidar imediatamente de rever custos, preços e métodos de produção, a fim de revigorar sua atuação e apresentar-se restabelecida no exercício seguinte.

Assim, o resultado negativo ou fraco, revelado em um Balanço, pode não causar abalo de crédito, não traz necessariamente dificuldades insuperáveis para a empresa.

Porém, nas instituições financeiras o problema é mais complexo, sua principal matéria prima é a confiança do público, que se baseia no binômio representado pela idoneidade moral e profissional dos administradores e pela solidez econômico-financeira do estabelecimento. Daí o interesse maior e mais generalizados que os Balanços do bancos suscitam, ganhando, aliás, grandes evidências por serem levantados de seis em seis meses , não ocorrendo o mesmo com os demais ramos.