BM & F – Bolsa de Mercado & Futuros

A estrutura do mercado interbancário de câmbio brasileiro em vigor resulta em um quadro em que, dos aproximadamente 130 bancos autorizados, apenas de 50 a 60% são ativos. Além do mais, menos de 20 bancos concentram mais de 80% do valor total negociado. Essa concentração é função do elevado risco de crédito envolvido nessas transações, o que se resulta em um processo seletivo cuja característica principal é o estabelecimento de limites bilaterais entre as partes. Muito embora a base tecnológica seja bastante desenvolvida, facilitando ampla automatização dos processos, a configuração atual do sistema apresenta sérios problemas, particularmente no que se refere à segurança. O Banco Central acaba assumindo os riscos produzidos pelos demais participantes, quase que induzindo a suposição generalizada de liquidação certa. Com isso, eleva-se o potencial de risco sistêmico.

Na ausência de instrumentos específicos e adequados que facilitem a administração de seus riscos – como, por exemplo, uma clearing –, os operadores do mercado interbancário de câmbio brasileiro buscam formas alternativas para, ao cumprir a atual legislação cambial, solucionar ou, ao menos, minimizar essa questão, quais sejam:

1) inclusão dos riscos no custo da operação. Toda a cadeia vinculada ao mercado cambial acaba pagando pela inexistência de mecanismos adequados à extinção ou redução desses riscos. Os maiores prejudicados são pequenos exportadores, importadores e investidores do mercado primário e pequenos bancos do mercado financeiro;

2) imposição de condições…