Teorias e tipologias sobre a emergencia e desenvolvimento do Welfare State

Criados em 1964, o SFH e o BNH tiveram, como fonte de financiamento, o Fundo de Garantia por tempo de Serviço e os depósitos em caderneta de poupança. Mas estas fontes de financiamento eram insuficientes, tornando-se crítica perante a conjuntura recessiva do início dos ano 80, onde os patamares elevados alcançados pela inflação e pela taxa de juros se sobrepuseram a política de desindexação dos salários.

Além disto, a efetividade social dessa política terminou por beneficiar setores médios, juntamente com outras características que acentuaram seus baixos efeitos sociais, como por exemplo a excessiva centralização do poder de decisão política e do controle dobre os recurso financeiros e institucionais na esfera federal, e o alto grau de privatização inserto nos processos decisórios e de alocação de recursos, dada a possibilidade de que segmentos privados e burocráticos maximizassem seus interesses em detrimento de interesses coletivos.

Essa área de atuação do Estado, talvez tenha sido a que apresentou maiores características de iniquidades, irracionalidades e baixíssimo grau de efetividade social. Por exemplo, entre 1965/84, o sistema financeiro de Habitação produziu cerca de 4,5 milhões de moradias, entretanto deste total, apenas 723 mil se destinaram a camadas de baixa renda da população. No mesmo período apenas 7,7% do saldo total de financiamento realizado no âmbito do SFH foram destinadas a mutuários com renda inferior a 3,5 salários mensais.

Este sistema praticamente entrou em colápso no anos 89, entre 1985 e 1987, e é nesta década, que houve um crescimento de iniciativas estaduais e municipais…