Teoria e Evidências Empíricas

O subemprego e posterior desemprego nos países em desenvolvimento estão ligados a uma série de fatores tais como:

• O crescimento exagerado da população;
• O excedente de mão-de-obra no setor agrícola; e
• A urbanização e industrialização crescentes, porém não suficientes para ofertar o número de empregos desejados por estas populações jovens e crescentes.

Este quadro tem-se agravado em muitos dos países em desenvolvimento. Na América Latina, especialmente nos anos 80, além destes fatores, os países têm sofrido grandes pressões derivadas dos problemas da dívida externa e da inflação elevada, que tem provocado um quadro recessivo, e, consequentemente, agravado seus problemas de desemprego. E devemos ainda destacar que acima de 15% da força de trabalho urbana destes países está desempregada.

A maior parte dos países em desenvolvimento apresenta desemprego em larga escala, embora seja de extrema dificuldade mensurar, nestes países, o nível atual de subemprego e desemprego disfarçado. Por causa da natureza cíclica da produção agrícola ocorrem períodos de sobra e escassez de mão-de-obra que afetam as estimativas de desemprego. As informações quantitativas são difíceis de serem obtidas, mas existem evidências de que a proporção de desemprego nos países em desenvolvimento varia entre 8 e 35% da força de trabalho. Somando-se desemprego e subemprego atingiríamos, aproximadamente, 30% do total da força de trabalho.