Globalização do Mercado Financeiro

Na área farmacêutica, então, os funcionários no Brasil do grupo Hoechst, de origem alemã, passou por três ou quatro grandes processos de fusões em poucos anos.

Primeiro, com a Marion (EUA) e a Roussel (França), cada uma delas formada anteriormente por diversos laboratórios. E, na virada do século, a Hoechst Marion Roussel (HMR) fundiu-se à francesa Rhodia Pharma, formando a Aventis Pharma, agora um dos maiores complexos farmacêuticos do mundo.

Passemos ao setor bancário, onde o norte-americano Citibank associou-se a outro gigante, o Travellers, e os líderes de mercado na Holanda – ABN e Amro – também se fundiram, apenas para citar um par de cases, como gostam de dizer os economistas.

A lista de fusões e aquisições foi enorme e, claro, estendeu-se aos países periféricos, já que, no quadro de liberalização de mercado, as empresas "nacionais" perderam capacidade de competir. Dois grandes bancos espanhóis – o Bilbao Vizcaya e o Santander – adquiriram diversos bancos na América Latina, tornando-se personagens de destaque no continente.

O caso brasileiro será analisado em um capítulo à parte, mas vamos usar um só exemplo bastante esclarecedor: o do setor de autopeças. O modelo de desenvolvimento industrial que engatinhou com Getúlio Vargas, foi modificado por Juscelino Kubitschek e pelos governos militares, e cuja base era o investimento estatal em infra-estrutura/multinacionais no produto final/empresas nacionais na produção intermediária, permitiu que a fabricação de autopeças ficasse, tradicionalmente, nas mãos de empresas nacionais familiares.

Uma delas, a Metal Leve, do…