Ética nas Empresas

Almoços e jantares, happy hours, presentes, prêmios, viagens e estadias, disponibilização de jatinhos, automóveis particulares e empregos estratégicos, utilização de influência para obter atendimento diferenciado em repartições públicas. Em maior ou menor grau, no ambiente altamente competitivo dos negócios, dar e receber vantagens tornou-se uma prática altamente difundida e aceita como ferramenta para conquistar metas comerciais cada vez mais ousadas. Longe de ser uma exclusividade do setor empresarial, a prática permeia o cotidiano de muitos países e é recebida com naturalidade tanto na esfera privada quanto na pública de parceiros comerciais a clientes e consumidores, passando pelos políticos e pela imprensa até chegar ao consumidor final de um produto. Mas até que ponto é lícito oferecer e aceitar privilégios que nem sempre estão relacionados ao objeto que se pretende promover? O que caracteriza a corrupção? O que diz a legislação brasileira sobre o assunto?

No Brasil o impedimento do ex-presidente Collor e a formação do bloco econômico do Mercosul inauguraram uma era de moralização e apelos sociais por valores éticos. O fenômeno resultou em mudanças em todos os âmbitos, sobretudo no político e no empresarial. A legislação brasileira evoluiu muito tentando adequar-se às rápidas modificações do setor empresarial, que também sofreu mudanças drásticas com a abertura do comércio ao capital externo. Apesar do acirramento selvagem das práticas de concorrência considerado desleais por grande parte do empresariado nacional, houve um lado positivo. "A situação influenciou a…