Estratégia da HP (Hewlett Packard Company)

Carly ingressou na HP em julho de 1999 com a missão de recuperar a companhia, vista pelas concorrentes como ineficiente e a caminho da falência.

Um ano depois, passou a ocupar também a vaga de presidente do conselho. O maior desafio da executiva era tornar a HP mais competitiva no mercado.

Para alcançar esse objetivo, uma de suas medidas foi aumentar os investimentos em pesquisas. Para se ter uma idéia, em 2001, eram registradas cerca de três patentes por dia. Atualmente, este número saltou para 11.

A executiva também estancou os prejuízos da divisão de computadores pessoais da empresa, por meio de uma forte contenção de custos. O resultado foi o crescimento das receitas e do lucro da HP.

No entanto, nem todas as ações da executiva surtiram efeito. A fusão da HP com a Compaq, conduzida por Carly em 2002, foi muito criticada. Os números mostram que a transação não trouxe os benefícios esperados.

Em 2000, a Compaq liderava o mercado de computadores pessoais, com 13,1% de participação, segundo o IDC. No mesmo ano, a Dell estava em segundo lugar, com 11,5%, seguida pela HP, com 7,8%. Juntas, HP e Compaq eram responsáveis por 20,9% das vendas de PCs.

A aposta é que, com faturamento anual superior a 80 bilhões de dólares, o grupo tenha mais força para enfrentar concorrentes como a Dell, no ramo de PCs, e a IBM e a Sun, no de serviços de tecnologia.

Os críticos da fusão incluíam a família dos fundadores da empresa, William Hewlett e David Packard. Walter Hewlett, filho de William, considerava que a HP estava pagando demais pela Compaq e não tinha condições de enfrentar os riscos trazidos…