Agência de Promoção das Exportações

Pouca gente acredita que o Brasil consiga cumprir a meta de elevar as exportações para US$ 100 bilhões em 2002. No ano passado, elas somaram US$ 51 bilhões, ou US$ 26 bilhões em dólar deflacionado. O gigantesco mercado consumidor interno, o quinto maior do mundo, desestimula a batalha para conquistar clientes fora do País. A distância física dos grandes clientes e consumidores é uma desvantagem intrínseca. Além disso, regras, procedimentos e gargalos no processo de exportação servem como entrave. E custam caro. Calcula-se que pelo menos US$ 2,5 bilhões poderiam ser economizados pelas empresas se fossem simplificados os trâmites de mercadorias que entram e saem do País. Mas o discurso de inserção do Brasil no mercado global feito nos últimos anos e a crença de que é possível exportar muito mais do que hoje têm servido de estímulo para ações conjuntas de governo e empresários.

Embora o trabalho seja ainda incipiente, milhares de micro, pequenas e médias empresas estão imbuídas do espírito de ultrapassar fronteiras. "Está se formando uma cultura exportadora no Brasil", diz a gerente especial da Agência de Promoção de Exportações (Apex), Dorothéa Werneck. Ela foi ministra da Indústria, Comércio e Turismo, e nos últimos meses esteve…