Reacções Adversas a Fármacos

Hoje em dia, quando se tentam relacionar as características da raça com a predisposição para as reacções adversas, entramos numa nova área da farmacologia denominada Farmacogenética, que relaciona os diferentes tipos de reacções a um dado fármaco com a presença e/ou ausência de certos genes. A acção dos fármacos depende, frequentemente, do periodo de tempo que vai desde a activação ou inactivação do princípio activo. Visto que estes processos são determinados, pelo menos em parte, por enzimas, e como as enzimas são produtos de genes, deduz-se que a acção dos fármacos, está, pelo menos parcialmente, sob controlo genético. A farmacogenética trata da natureza e implicações deste controlo.

No que respeita à resposta a fármacos, já foram descritos, em animais, vários casos de diferenças entre raças. Por exº, numa experiência com duas raças de galinhas, a frequência de malformações produzidas pela administração de sulfanilamida e carbacol, no final do 4º dia de incubação, era diferente entre elas. Outros exemplos são as diferenças entre raças de coelhos na sua capacidade para inactivar a isoniazida, e as diferenças entre raças de ratazanas em relacção à toxicidade do clorofórmio. No entanto, o caso melhor compreendido da base genética da resposta a um fármaco em animais é a reacção ao halotano no porco. Os indivíduos susceptiveis (independentemente da…