Medindo o Potencial de Membrana na Célula

Técnicas Eletrofisiológicas

Para se medir a diferença de potencial elétrico entre dois pontos necessita-se de um voltímetro e, obviamente, de uma conexão elétrica entre este e os pontos. Os voltímetros adequados à biologia possuem uma entrada e alta (HI) e uma entrada de baixa impedância (LO). Deve-se sempre evitar medidas flutuantes, susceptíveis de oscilação, e aterrar um dos pontos e a entrada LO do voltímetro (figura). Contudo, o aterramento de um dos pontos do circuito poderá afetá-lo eletricamente, interferindo de forma inaceitável na variável que se quer avaliar. Nestes casos, faz-se uma medida diferencial. A medida com aterramento do circuito é denominada, em textos de língua inglesa, "single ended".

Um voltímetro adequado à medida de potenciais elétricos em sistemas biológicos deve ter sensibilidade suficiente. As diferenças de potencial em células medem-se em mV, e em alguns registros extracelulares, em mV. O voltímetro deverá ter impedância de entrada elevada, pelo menos 100 vezes maior que a resistência interna do sistema biológico. O componente mais óbvio da impedância é a resistência ôhmica. Uma impedância baixa introduz erros na medida e interfência no sistema biológico. Por outro lado, as impedâncias elevadas tornam as medidas susceptíveis a ruídos, causados por correntes induzidas por campos magnéticos oscilantes. As gaiolas de Faraday tornam-se indispensáveis.

1.1 - Registros intracelulares.

As reduzidas dimensões da maioria das…