Dislipidemias

8 – COLESTEROL "BOM" E "RUIM"

O colesterol é um dos subprodutos do metabolismo das gorduras, essencial para algumas funções orgânicas, tais como a estruturação da parede celular, não podendo ser descartado da dieta. (CORREIA. M, 1996).

Quando comemos, a gordura ingerida na dieta é transformada no intestino em quilomícrons, que é uma grande partícula de moléculas de triglicerídeos, revestida de proteínas, colesterol e fosfolipides. Esta tem livre acesso aos espaços intercelulares. No plasma, os quilomícrons recebem da HDL uma substância que permite a ativação de uma enzima, que hidrolisa as gorduras. Com isto, o quilomícron poderá ter acesso ao fígado e ser metabolizado. Para serem exportadas do fígado, as partículas de gordura metabolizadas usam como passaporte à lipoproteína, VLDL que, no plasma, libera os triglicerídeos para serem aproveitados como fontes energéticas pelos tecidos periféricos (adiposo e muscular). Desse processo, forma-se outra lipoproteína a IDL que, no plasma, pode ser metabolizada a LDL, rica em colesterol. Esta, após transportar o colesterol para os tecidos periféricos, pode ter o seu excedente depositado nas artérias, favorecendo o aparecimento de doença aterosclerótica e, por isto, é conhecida como colesterol "ruim" (CORREIA. M, 1996).

Já o HDL é chamado de colesterol "bom", devido a sua capacidade, de nível periférico de captar o colesterol livre, esterificá-lo e transferí-lo para a partícula IDL, que irá encaminhá-lo, novamente, ao fígado para nova metabolização (CORREIA. M, 1996).