Reinventando o Cuidado à Adolescente Gestante

Acredito que seja mais difícil dar o que não temos e ensinar o que não aprendemos e, se hoje consigo e tenho prazer em dividir pouco destas experiências é porque deve ter sido produtiva e positiva.

Gosto de cuidar e acho que sempre gostei. Não consigo lembrar o momento exato de minha vida que surgiu a enfermagem e o interesse pelo cuidado. Meu primeiro emprego foi em um grande banco, no setor médico assistencial para os funcionários e seus dependentes. Tinha apenas quinze anos de idade quando aprendi a atender pacientes que vinham para consultas médicas, funcionárias gestantes em acompanhamento e todo outro tipo de assistência. Neste local, fui aprendendo a valorizar a escuta em uma consulta de enfermagem na qual enfermeiras conversavam com clientes do serviço e realizavam a triagem para o agendamento das consultas. Gostava de apreciar a beleza de uma mulher grávida pelo simples fato dela trazer em si uma nova vida. Conforme Camillo (2012, p.554) “os pacientes associam  o ato de serem  escutados com o fato de se sentirem compreendidos, traduzidos pelo bom atendimento e tratamento”