Viagem à Irrealidade Cotidiana

Viagem na Irrealidade Cotidiana

Quando no dia 11 de Setembro de 2001 o mundo inteiro assistia atônito à queda das torres gêmeas do World Trade Center em Nova York, a fragilidade da segurança e da supremacia americana vinha à tona; não foi apenas uma montanha de concreto que ruiu ou milhares de vidas que se perderam, mas um ideal, um conjunto de ideologias, uma imagem do típico "american way of life" que desmoronava em um cenário quase inimaginável. Dor, revolta, um sentimento nacionalista exacerbado e o desejo de retaliação aos responsáveis a qualquer custo; os dias seguintes, assim como os atuais, refletem essa estranha combinação de patriotismo alienado com a necessidade de retomada à condição de nação modelo, "perfeita" e "inatingível’’. Diante das conseqüências geradas pelo atentado e do comportamento da nação, torna-se muito oportuna e até esclarecedora a leitura de "Viagem na Irrealidade Cotidiana " do lingüístico Umberto Eco. Durante uma viagem aos E.U. A, o autor analisa vários aspectos da sociedade em questão e, através principalmente da observação de vertentes como a arte e a cultura, traça perfis e propõe problemáticas acerca da condição ideológica americana e conseqüentes intervenções da mesma sobre as condições artísticas, sociais e intelectuais do país. Uma viagem pela hiper realidade abrangendo todos os casos em que "a imaginação norte americana deseja a coisa verdadeira e para atingi-la deve realizar o falso absoluto", esta é a proposta que se abre aos nossos olhos na totalidade de suas possibilidades, levando conosco o objeto de toda essa…